Dra Pamela exibe um amigurume representando o útero

Cisto Ovariano

O que é o cisto
no ovário?

O QUE É?

O cisto no ovário é uma estrutura fechada, semelhante a uma bolsa, contendo líquido ou material semi-sólido localizado no interior de um ou ambos os ovários. Eles são, em sua maioria, não cancerosos e assintomáticos, ou seja, não causam sintomas.

Os cistos ovarianos podem variar em tamanho e tipo. Entre os mais comuns estão os funcionais, que se desenvolvem durante o ciclo menstrual normal, o folicular, que se forma durante a ovulação e o lúteo, que ocorre depois da ovulação, quando o folículo rompido se fecha.

ENTENDA A SÍNDROME DO OVÁRIO POLICÍSTICO E SAIBA A DIFERENÇA PARA OS CISTOS OVARIANOS

Antes de entender melhor sobre os cistos ovarianos, é preciso determinar a diferença para a síndrome do ovário policístico, também chamada de SOP.

A SOP é uma condição hormonal que afeta o sistema reprodutivo feminino. Neste caso, a anovulação crônica e os níveis elevados de andrógenos, os hormônios sexuais masculinos, em comparação com os estrógenos, os hormônios sexuais femininos, dão origem aos ovários policísticos. Qualquer doença que interfira no eixo hipotálamo-hipófise-ovário pode levar a anovulação e levar aos ovários policísticos.

A síndrome dos ovários policísticos é um conjunto de sinais e sintomas. Um desses sinais são os ovários policísticos, mas para se caracterizar a síndrome é preciso ter outras características além. Embora possa levar ao surgimento de cistos, estes são diferentes dos que iremos tratar ao longo deste conteúdo, especialmente no que diz respeito à quantidade e tamanho.

Veja o vídeo

Tipos de cistos ovarianos

Os cistos no ovário podem ser de diferentes tipos, desde os regulares, que surgem todos os meses, até aqueles que podem levar a problemas mais graves. Veja quais são:

Cistos ovarianos funcionais

Os cistos no ovário do tipo funcionais, são aqueles que normalmente fazem parte do ciclo menstrual. Eles ainda podem ser subdivididos em:

Cisto folicular

É o cisto mais frequente. São aqueles que, mensalmente, crescem no ovário durante o período menstrual. São nos folículos que os óvulos se desenvolvem e crescem, quando eles não abrem para liberar o óvulo, o líquido permanece dentro e forma o cisto. Comumente são únicos, de paredes finas, variam de 2,5-10 cm de diâmetro e costumam regredir em dois a quatro ciclos menstruais.

Cisto lúteo

Após o folículo liberar o óvulo, ele forma o corpo lúteo, células produtoras de hormônios. Quanto o líquido se acumula neste corpo lúteo, cresce e forma o cisto. Esse tipo de cisto pode evoluir para um cisto hemorrágico, pois é um tipo de cisto com grande quantidade de vasos sanguíneos em seu interior. Se houver ruptura, pode ocorrer sangramento para dentro da barriga (hemoperitônio) e pode ser preciso realizar cirurgia de emergência.

Outros tipos de cistos no ovário

Além dos tipos de cistos que podem ocorrer normalmente, como apresentamos anteriormente, há aqueles que são originários de um crescimento celular anormal. São eles:

Cistos dermóides (teratomas)

Correspondem a 25-40% dos cistos, é um cisto benigno e comum em mulheres jovens. Em 12% dos casos são bilaterais. A maior parte deles são assintomáticos e descobertos ao acaso durante exames de rotina. Eles se originam de células embrionárias e, por isso, podem ser encontrados dentro do cisto cabelos, pele, ossos, cartilagem e até dentes. O processo de malignização é raro e, quando ocorre, geralmente é após a menopausa.

Fibroma

Correspondem a 3-5% dos tumores benignos do ovário. São cistos endurecidos e podem ocorrer nos dois ovários.

Endometrioma

Os endometriomas são cistos de endometriose no ovário, ou seja, é a manifestação da endometriose no tecido ovariano. Variam desde cistos bem pequenos até cistos enormes, ocupando quase toda a pelve da mulher.

Câncer de ovário

Os mais comuns são os do tipo mucinosos, mas existem diversos tipos de câncer de ovário. São mais frequentes à medida que a faixa etária aumenta.

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Causas e fatores de risco

Como os cistos surgem?

Cistos são bastante comuns, sendo mais usual na idade fértil. A maior parte dos casos não traz preocupação para a saúde, já que são benignos e não exigem tratamento específico.

Porém, em alguns casos, eles podem causar sintomas e gerar complicações, que veremos mais adiante. O que muitas mulheres se perguntam é: quais os fatores de risco do cisto ovariano?

Fatores de risco

Há diferentes causas e fatores de risco para diferentes tipos de cistos:

O caminho a ser seguido deverá ser definido pela médica especializada. Por isso é essencial ter acompanhamento constante desde a suspeita da doença até o diagnóstico e avaliação do melhor tratamento.

Sintomas da presença de cistos no ovário

É importante falar que os cistos ovarianos podem estar presentes na mulher e não causar sintomas. Muitas vezes eles são descobertos de forma acidental, durante exames de rotina.

Porém, em outros casos, há sintomas. Eles vão variar conforme o tamanho, tipo e localização do cisto. Algumas das consequências que podem indicar a presença de cistos no ovário incluem:

Dor Pélvica

A presença de dor ou desconforto na região pélvica, pode indicar presença de cistos. A característica da dor pode ajudar a diferenciar os tipos de cistos:

  • Cistos associados à “dor do meio” ou dor da ovulação no meio do ciclo menstrual falam mais a favor de um cisto funcional ou de corpo lúteo. 
  • Ter dor durante a relação sexual pode ser um endometrioma ou um cisto roto. 
  • Ter sintomas como cólicas podem sugerir que a paciente tenha endometriose e com isso uma chance aumentada de endometrioma. 
  • Nos casos de dor forte e súbita, com náuseas e vômitos sugere um quadro de emergência como uma torção de ovário ou ruptura de um cisto
  • Dor abdominal crônica, sensação de inchaço abdominal, perda de apetite pode ser indicativo de um câncer de ovário

Aumento da frequência urinária

Ir ao banheiro mais vezes que o normal ou a sensação de pressão na bexiga pode indicar cisto no ovário.

Dor durante a defecação

Sentir dor durante a evacuação não é normal e pode acontecer devido à pressão exercida pelo cisto sobre o intestino.

Dificuldade de evacuar

Apresentar episódios de constipação intestinal pode estar relacionado aos cistos, principalmente os cistos maiores.

Mais uma vez, lembramos que é importante ressaltar que esses sintomas não são exclusivos da presença de cistos no ovário. Eles podem indicar outras condições médicas.

Portanto, é fundamental ter um acompanhamento profissional adequado, com consultas de rotina e, quando necessário, investigação aprofundada.

Se você tem dúvidas e quer realizar uma investigação para identificar a presença de cistos no ovário, agende uma consulta com a Dra. Pamella Brasil.

DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO

Quais exames devem ser feitos
para identificar cistos ovarianos?

Infelizmente ainda não existe um exame de rastreio bem estabelecido para investigar os cistos, por isso a consulta ginecológica de rotina é tão importante, pois nela sinais e sintomas relatados pela paciente podem fazer com que a ginecologista suspeite de cisto e inicie uma investigação minuciosa. Identificar a presença de cistos ovarianos envolve uma combinação de processos, como avaliação clínica, exame físico, exames de imagem e, em alguns casos, procedimentos adicionais.

Histórico e exame físico

A profissional irá realizar uma conversa detalhada sobre possíveis sintomas e histórico. Além disso, é feito um exame físico que pode incluir um exame pélvico para detectar anormalidades nos ovários.

Ultrassonografia pélvica

Este exame de imagem é o mais comum para visualizar os ovários. Uma sonda de ultrassom proporciona a imagem detalhada dos órgãos pélvicos, incluindo os ovários. O que permite a identificação de cistos, sua localização, tamanho e características. A ultrassonografia pélvica por via transvaginal é melhor do que a ultrassonografia pélvica por via abdominal, porém só pode ser realizada em mulheres que já iniciaram a vida sexual.

Ressonância Magnética (RM)

É um excelente método de avaliação da pelve e dos ovários e é especialmente útil nos casos de suspeição de malignidade.

Ultrassonografia abdominal

Em alguns casos, a ultrassonografia abdominal pode ser usada para avaliar os ovários. No entanto, não é a primeira escolha para identificação de cistos ovarianos. Geralmente é feita como complementação a uma ultrassonografia pélvica nos casos de cistos volumosos.

Marcadores de tumor

Em alguns casos, exames de sangue são solicitados para medir níveis de marcadores tumorais, como o CA-125, CA-19.9 e outros. Estes podem aumentar em mulheres com cistos ovarianos, especialmente os que são associados ao câncer. Mas são exames inespecíficos e podem estar aumentados em outros tipos de câncer e em algumas patologias benignas.

Laparoscopia

Quando outras modalidades de imagem não fornecem um diagnóstico definitivo, ou quando há preocupações sobre a natureza do cisto, pode ser recomendada uma laparoscopia.

Quais os tratamentos para cistos no ovário?

Caso o diagnóstico seja concluído e o cisto no ovário identificado, a profissional especializada poderá seguir diferentes caminhos para tratamento e cuidado da paciente. Entre eles, estão:

Monitoramento

Para cistos pequenos e sem sintomas, é possível monitorar o cisto ao longo do tempo com exames de imagem para verificar se há mudanças no tamanho ou na aparência.

Aspiração por agulha

Se o cisto ovariano for grande e causar sintomas, há a alternativa da aspiração por agulha, conhecida como aspiração de fluido folicular. Este procedimento insere uma agulha através da pele e drena o fluido, aliviando os sintomas. Porém, é importante ter em mente que existe a possibilidade do cisto retornar, já que ele não foi retirado, somente esvaziado.

Cirurgia

A laparoscopia é uma técnica cirúrgica minimamente invasiva em que instrumentos e uma câmera são inseridos através de pequenas incisões no abdome. A principal vantagem em usar a laparoscopia é a possibilidade de utilizar as pequenas incisões, o que proporciona uma recuperação mais rápida e menos dor no período pós-operatório. Além disso, por ser uma técnica minimamente invasiva é possível fazer a retirada somente do cisto, mantendo o ovário, o que traz um impacto importante na manutenção da reserva ovariana.

Medicação

Em alguns casos, é possível optar por medicamentos hormonais, como pílulas anticoncepcionais. Elas podem ser prescritas para regular o ciclo menstrual e prevenir a formação de novos cistos funcionais.

Como em outros procedimentos, é importante que a paciente converse e discuta com a profissional especializada a melhor escolha para confirmação do diagnóstico e tratamento.

Agende uma consulta com a Dra. Pamella Brasil e faça o acompanhamento necessário para o tratamento de cistos no ovário.

Perguntas Frequentes

Sim. A presença de cisto no ovário não causa infertilidade. Porém, é importante entender se ele irá causar alguma dificuldade neste processo.

Então ambas as doenças podem sim causar infertilidade, a paciente pode ter dificuldade ou não conseguir engravidar espontaneamente. Outros casos será preciso realizar cirurgia para restaurar a anatomia e remover os focos para desinflamar a pelve. Em alguns casos, pacientes com endometriose conseguem engravidar com sucesso utilizando tratamentos de fertilidade, como indução da ovulação, inseminação ou fertilização in vitro. Cada caso é sempre avaliado individualmente, pois cada mulher é única.

Os cistos no ovário são, geralmente, benignos. À medida que a faixa etária aumenta, aumentam as chances de malignidade. Um estudo refere que o câncer de ovário incide em 4% na terceira década de vida, 13% na quarta década e responde por 45% dos casos na pós menopausa. O risco de um cisto de ovário ser maligno na sétima década de vida é 12 vezes maior do que na terceira década.

Depende. Se os cistos forem funcionais, eles podem sumir sozinhos ou se manter do mesmo tamanho por anos, sem causar incômodo ou problemas adjacentes. 

Porém, caso o acompanhamento demonstre o crescimento ou passe a causar sintomas na paciente, é importante traçar um plano de tratamento e, até mesmo, retirá-lo.

Consulte uma pessoa especialista, como a Dra. Pamella Brasil, para entender a melhor forma de tratar o cisto ovariano.

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Endereço de atendimento 

R. Visc. de Pirajá, 303 sala 811 e 812
Ipanema Rio de Janeiro – RJ, 22410-001

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