Dra Pamela exibe um objeto de plástico representando o útero

Endometriose e adenomiose

1. Endometriose

O QUE É?

A endometriose é uma doença que afeta as mulheres durante o período fértil. Só no Brasil ela atinge mais de 7 milhões de mulheres. Para começar a explicar o que é a endometriose, primeiro é preciso entender o que é endométrio. O endométrio é a camada que reveste a parte interna do útero e é o que sangra todo mês quando a mulher menstrua. A endometriose surge quando esse tecido, que era para ficar somente dentro do útero, se instala fora dele, nos ovários, ligamentos, bexiga, intestino e etc.

COMO OCORRE?

A teoria mais aceita para explicar a doença se chama “teoria da menstruação retrógrada”, que fala que quando a mulher menstrua uma parte do sangue sai pela vagina, que é o que é visto na calcinha, mas uma parte sai pelas trompas e cai dentro da barriga.

Já tem estudos que comprovam a existência de fatores genéticos, imunológicos e alterações enzimáticas, que favorecem que algumas pacientes desenvolvam a endometriose a partir desse sangue que caiu dentro da barriga e outras não.

Esse tecido endometrial que ficou fora do útero também responde às flutuações hormonais do ciclo menstrual, ou seja, aumentam durante o período pré-menstrual e podem causar inflamação, dor e possíveis aderências (tecido cicatricial).

Veja o vídeo

Principais sintomas da endometriose

Grafismo representando a endometriose

Dor Pélvica

Dor persistente na região pélvica. Ela pode ser constante ou intermitente e variar conforme intensidade. Durante a menstruação pode haver piora dessa dor.

Dor menstrual (cólica) intensa

A cólica (dismenorreia) é a dor menstrual intensa, e pode começar antes do período menstrual e permanecer ao longo da menstruação.

Dor durante a relação sexual

A dispareunia é a dor durante ou após a relação sexual, especialmente durante a penetração profunda. Algumas mulheres sentem dor no orgasmo, condição chamada de organosmia.

Dor durante a evacuação

Conhecida como disquezia, que é a dor ao evacuar, ela pode estar presente durante todo o ciclo menstrual ou aparecer durante o período em que a menstruação desce. Em algumas mulheres é possível ter sangramento durante a evacuação, condição chamada de hematoquezia.

Dor ao urinar

Dor persistente na região pélvica. Ela pode ser constante ou intermitente e variar conforme intensidade. Durante a menstruação pode haver piora dessa dor.

Alterações gastrointestinais

Ocorrência de diarreia, constipação, inchaço abdominal, sensação de estufamento ou sangramento retal durante a menstruação. Também é comum a mulher ter alternância do padrão de evacuação, como por exemplo ser constipada todo o mês e no período menstrual apresentar diarreia.

Grafismo representando a endometriose

Fadiga

Sensação de cansaço extremo ou fadiga persistente podem ser causadas pela dor crônica. Muitas mulheres também apresentam sintomas depressivos e/ou ansiedade devido a doença e a dor.

Dor no ombro direito

A doença pode chegar até a parte de cima do abdome da mulher e com isso haver irritação de um nervo e causar uma dor referida no ombro direito durante o período menstrual.

Infertilidade

Dificuldade em engravidar devido a inflamação e às alterações na anatomia dos órgãos reprodutivos, cicatrizes e aderências resultantes da endometriose.

É sempre importante ressaltar que apenas a presença de um ou mais sintomas não é garantia da ocorrência de endometriose. Caso a paciente se reconheça em alguma dessas situações, procure acompanhamento profissional.

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Tratamento para endometriose

Medicamentos para alívio da dor

Analgésicos de venda livre ou prescritos para aliviar a dor pélvica crônica associada à endometriose.

Hormônios contraceptivos

Eles são prescritos principalmente para controlar os sintomas da paciente.

Agonistas do hormônio liberador de gonadotrofina (GnRH)

Estes hormônios são usados com objetivo de reduzir temporariamente a produção de hormônios ovarianos, aliviando os sintomas da endometriose. Devem ser usados com cautela.

Laparoscopia

A cirurgia de escolha para as pacientes com indicação de operar é a via laparoscópica. Uma cirurgia com mais precisão, menos cicatrizes, tempo de internação menor, recuperação mais rápida e menos risco de infecções. O procedimento é utilizado para remover lesões endometrióticas, aderências e cistos ovarianos (endometriomas) associados à endometriose. Geralmente a cirurgia é indicada nos casos em que a mulher sente muitas dores e mesmo com tratamento no consultório não é observada melhora, nos casos de infertilidade após extensa investigação do casal ou nos casos de endometriose muito grave com comprometimento importante dos órgãos. Cada caso sempre é analisado individualmente.

O caminho a ser seguido deverá ser definido pela médica especializada. Por isso, é essencial ter acompanhamento constante desde a suspeita da doença até o diagnóstico e avaliação do melhor tratamento.

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2. Adenomiose

O QUE É?

A adenomiose é a condição médica na qual o tecido glandular endometrial, que normalmente reveste o interior do útero, cresce dentro do tecido muscular do útero, chamado miométrio. Ou seja, é quando o tecido da camada mais interna adentra o tecido muscular.

Sintomas da adenomiose

A adenomiose pode provocar diversos sintomas e comprometer muito a qualidade de vida das pacientes. Veja quais são as principais consequências e os alertas a serem verificados:

Dor Pélvica

Dor crônica ou cólicas pélvicas, que podem ficar mais fortes durante a menstruação.

Sangramento menstrual anormal

Sangramento menstrual excessivo ou prolongado, períodos menstruais intensamente dolorosos (dismenorreia) e sangramento irregular entre os períodos menstruais.

Dor durante a relação sexual

A dor durante a relação ou após, chamada de dispareunia.

Aumento do volume do útero

A adenomiose pode causar um aumento uterino e deixar o útero mais globoso.

Inchaço Abdominal

Sensação de inchaço, estufamento ou desconforto na região abdominal inferior.

A presença de um ou mais sintomas pode indicar a adenomiose na mulher. Por isso, caso você se identifique com os pontos citados acima, procure acompanhamento profissional.

Tratamento para adenomiose

No caso da adenomiose, há alguns tratamentos similares à endometriose. Veja em detalhes:

Analgésicos

Os medicamentos são indicados para aliviar a dor pélvica crônica associada à adenomiose.

Agonistas do hormônio liberador de gonadotrofina (GnRH)

Estes podem ser usados para induzir uma menopausa temporária, o que vai reduzir os sintomas da adenomiose. Devem ser usados com cautela.

Inibidores da ovulação

Bloqueio hormonal com contraceptivo ou dispositivos intrauterinos liberadores de hormônios (DIU hormonal) são usados para melhorar os sintomas da doença.

Histerectomia

Diferente da endometriose, a adenomiose tem cura e essa pode ser obtida com a retirada do útero. Essa é uma opção que somente as mulheres que não querem ter filhos podem optar, já que é um tratamento definitivo.

Em pacientes que desejam preservar a fertilidade, é possível optar pelo caminho conservador, ou seja, com medicamentos e terapias hormonais para controlar os sintomas da adenomiose.

Mais uma vez, é essencial ressaltar que o tratamento deve ser individualizado, considerando a gravidade dos sintomas, os desejos reprodutivos da paciente e a resposta aos diferentes tipos de terapia.

Por isso, torna-se extremamente crucial o acompanhamento com profissionais de forma regular para monitorar a eficácia do tratamento e ajustar a abordagem conforme necessário.

Qual a diferença entre
endometriose e adenomiose?

Apesar de serem duas condições que afetam o útero e os órgãos pélvicos, existem diferenças entre a endometriose e a adenomiose. Na endometriose, o tecido endometrial cresce fora do útero, geralmente em outros órgãos pélvicos, como ovários, trompas de Falópio, peritônio, bexiga, intestino e etc.

Por outro lado, na adenomiose, o tecido endometrial cresce dentro do tecido muscular do útero, chamado miométrio. É bem comum a paciente apresentar as duas doenças ao mesmo tempo, mas pode acontecer ter uma ou outra somente. O tratamento dessas condições são particulares e precisam ser adequados conforme os sintomas da paciente e os desejos reprodutivos.

COMO DIAGNOSTICAR

Histórico clínico e Consulta Médica

Para as duas doenças, começa-se pela avaliação dos sintomas relatados pela paciente, seu histórico médico completo, perguntas específicas sobre as doenças, seguido de um exame físico.

Ressonância Magnética (RM)

A ressonância com preparo realizada por profissionais experientes oferece maior detalhamento das estruturas pélvicas e pode confirmar a identificação de lesões endometrióticas. É um dos exames mais utilizados para fechar o diagnóstico.

Ultrassonografia

Este exame auxilia na identificação de lesões endometrióticas nos órgãos pélvicos. A ultrassonografia rotineira nem sempre é o melhor exame, mas caso seja realizada uma ultrassonografia com preparo intestinal e com ultrassonografista experiente é possível mapear de forma adequada e bem detalhada a pelve.

Laparoscopia diagnóstica

Esse procedimento já não é mais tão indicado, pois existem formas excelentes de diagnóstico sem que seja preciso realizar uma cirurgia para tal. A cirurgia fica reservada para os casos em que realmente seja necessária a retirada dos focos da doença.

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Perguntas Frequentes

Sim! A adenomiose pode causar infertilidade principalmente por ser uma doença do útero, ou seja, em que o útero da paciente está comprometido. Já a endometriose pode causar infertilidade pelas mudanças anatômicas que a doença proporciona, por causa das aderências, e também o estado inflamatório provocado por ela não facilita a implantação e nem a fecundação.

Então ambas as doenças podem sim causar infertilidade, a paciente pode ter dificuldade ou não conseguir engravidar espontaneamente. Outros casos será preciso realizar cirurgia para restaurar a anatomia e remover os focos para desinflamar a pelve. Em alguns casos, pacientes com endometriose conseguem engravidar com sucesso utilizando tratamentos de fertilidade, como indução da ovulação, inseminação ou fertilização in vitro. Cada caso é sempre avaliado individualmente, pois cada mulher é única.

Dependendo da gravidade dos sintomas e do impacto na qualidade de vida da mulher, a endometriose pode se tornar uma condição preocupante.

Em casos de dor incapacitante ou dificuldade de engravidar, por exemplo, é essencial que a paciente faça um tratamento específico. Além disso, há casos ainda mais graves, como presença da doença no intestino, bexiga, ureteres e etc também requerem um tratamento mais direcionado.

Já tem estudos que comprovam que se a mãe ou a irmã possui endometriose, a mulher tem 7 vezes mais chance de ter endometriose também. Então sim, a endometriose pode ser hereditária.

Não, tem pacientes que são completamente assintomáticas e as vezes tem muita doença. E tem pacientes que possuem pouca doença, mas muitos sintomas. A quantidade de doença não é diretamente proporcional aos sintomas da paciente.

Sim, mesmo após fazer a cirurgia, retirar todos os focos, ter um bom pós-operatório a doença pode sim voltar, mas geralmente são focos novos. Por isso é muito importante o acompanhamento com ginecologista especializada no assunto.

Ainda não. Por isso é super importante ficar atenta aos sintomas e ir regularmente a ginecologista.

Não, a endometriose não tem cura. O importante é a paciente não deixar a doença ser o centro da sua vida, é fundamental que ela cuide da sua saúde mental, reveja os hábitos alimentares e tenha uma médica de confiança que a acompanhe. A doença pode não ter cura, mas é super possível levar uma vida normal ou bem próxima disso.

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